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CAPÍTULO 2 - Meu amigo hétero está viciado no meu cheiro

Os primeiros dias no apartamento com Marcos foram mais tranquilos do que eu esperava. Percebi que havia ficado nervoso a troco de nada, pois como a rotina de trabalho era intensa para ambos, acabamos por nos encontrar mais nos finais de semana mesmo...

Eu era filho único, e sabia que Marcos tinha uma irmã mais velha que morava no exterior, então meio que nenhum de nós dois infligiu esse lado "solitário e de espaço" um do outro. Algo que eu fazia questão de priorizar sempre que conversávamos.

Ele se mostrou um ótimo companheiro de casa, sempre disposto a ajudar e compartilhar bons momentos, e eu claro, tentava sempre retrubuir na mesma medida, já que isto de 'morar junto' era novo para ambos. A gente foi socializando bastante juntos. Jogávamos vídeo game em domingos de preguiça, começamos a malhar na mesma academia perto de casa, jantávamos junto conversando de tudo possível, começamos a fazer planos pro apê, como juntar uma grana pra reformar o banheiro da área de serviço... realmente estávamos unha e carne. Até coisas mais pessoais começamos a conversar.

Como havia mencionado, Marcos tinha uma namorada e juntos eles já estavam a uns 4 anos juntos, e ele me confessou que já sentia aquela preção de se casar e afins, mas ainda achava que era tudo muito cedo pra isso. Eu também me abri e disse que tava meio enrolado com uma menina da minha cidade, que eu pedi ela em namoro 1 semana antes de saber que tinha passado na vaga de trabalho desta cidade e que agora estávamos naquele "vai ou não vai".

Riamos bastante de tudo isso que conversamos e no final sempre dava aquele leve "aconchego" por podermos aí menos termos alguém pra compartilhar essas ideia.

Ah e claro... Tinha também o lance do "outro homem em casa" que confesso que as vezes eu estranhava. Ter um moleque passando de toalha pela casa, ou a gente se esbarrar na cozinha de manhã e os dois com aquele pau meia bomba marcando na samba canção, não saber se os pelos caídos no box do banheiro eram de barba aparada ou pentelho, ficar na dúvida sobre qual cueca era minha na hora de pegar no varal ou qual dos tênis deixados no hall do apartamento que estavam precisando de intervenção já que estavam num chulé desgramado de forte e nunca dava pra saber se era um dos meus ou um dos dele porque até nisso percebemos que a gente parceria um bocado.

Claro que Marcos assim como eu sempre levava tudo na esportiva e com humor. Tanto que até a limitação de toque físico foi se diminuindo com o tempo e começamos a se cumprimentar mais calorosamente, de uns high five, para apertos de mãos, daí pra uns abraços, que evoluiu pra aquela brincadeiras bestas de moleque de 15 anos de ficar encoxando "sem querer" quando um de nós tá abaixado na pia procurando a tapa da panela de arroz. Mas claro, tudo na zoeira né?! Somos amigos ... e o tanto que Marcos falava da namorada dele ou nós dois olhando pras mina da academia igual cachorro no cio, não nos deixava dúvidas sobre a nossa sexualidade.

Porém, haviam certas situações que eram mais frequentes e quando reparei melhor... começaram a me deixar meio inquieto. Eram as constantes brincadeiras sobre pés e chulé que começaram a ganhar uma nova dimensão.

Uma noite, estávamos na sala assistindo a um jogo de futebol. Era sábado, estávamos na vibe de tomar uma ficar longe de mulher e daí aproveitaríamos para relaxar. Estávamos confortáveis, cada um no seu sofá, com os pés esticados na mesinha centro da sala. O clima era descontraído, mas eu não conseguia deixar de reparar como Marcos olhava para meus pés de vez em quando. Sério, o moleque ficava vidrado, principalmente quando eu cruzava as pernas e deixava a sola no rumo da visão dele. Eu até poderia dizer que era coisa da minha cabeça, se não fosse por ele falando:

— Mano tu já parou pra pensar na anatomia dos pés? Como que eles fazem tanta coisa por nós e na maioria das vezes desconhecemos as sensações que a sola pode nos proporcionar por estarmos sempre de sapato ou chinelo? É tão incrível isso! — Disse ele com um brilho nos olhos e um sorriso travesso, me fazendo entender nada daquele papo.

—  Nunca pensei nisso não Marcão haha pé é só o pé mesmo.

— Ah qual é Rodrigão, tu com uma lancha dessa vai dizer que nenhuma mina brincou com esse teu pezão alguma vez?

— Brincou? Não sei bem como seria isso, mas não mano, só massagem mesmo.

 Pô... que bom né? — Ele riu.  Pelo menos isto! Porque a maioria delas não curte nem pegar no pé do cara até por conta do chulé.

— Ah isso é verdade. Sorte a nossa que tem pé bonito e daí elas pegam mesmo assim! Tu acha que o jogo hoje fecha em quanto? - Falei, tentando mudar de assunto.

Marcos riu e voltou sua atenção para a TV, mas não por muito tempo. Em um momento de distração, ele esticou a mão para botar a bebida na mesa de centro e também deu um leve toque no meu pé.

— E teu pé é bonito mesmo hein Rodrigão. Dá pra ver que tu cuida deles.

Eu ri, meio desconcertado.

— Valeu, cara. A gente tenta, né? Mas, sério, vamos focar no jogo, pô.

Aquela noite passou sem maiores incidentes, mas o comportamento de Marcos continuava a me deixar intrigado. Por mais que as brincadeiras parecessem inofensivas, eu não podia negar que havia algo a mais ali. E eu não tô ficando doido, tô? Desde quando homem fica reparando em pé de homem?! Muito estranho!

***

Dois meses se passaram desde a mudança e o lance com a menina lá da minha cidade se consolidou. Ela estava disposta a vir me visitar quando possível e eu assumi o compromisso de fazer o mesmo. Eu gostava dela, gata, gente fina, de família boa e com futuro promissor, chegando perto dos 30 como eu tava, acho que o homem ja começa a pensar em quietar o facho um pouco e já mirar no futuro.

E claro, em uma dessas vindas ela acabou conhecendo Marcos e como eu e ele já estávamos próximos. Não demorou para começarmos. Sairmos todos se casal. Eu com a minha mulher e ele com a dele. E que grupinho massa estava virando. Elas demoraram um pouco a se enturmar, acho que com homem essa parada é mais fácil. Mas logo logo já estavam conversando. Fazíamos de tudo. Cinema juntos, jantar fora, noite de pizza, barzinhos... tudo parecia normal, típico de um grupinho de amigos, exceto pelo interesse de Marcos em meus pés. Era algo que ele não conseguia esconder, por mais que tentasse disfarçar.

E como eu disse, algo em mim até ficava me dizendo como "Rodrigo, tu tá viajando, teu amigo não tem tara no teu pé, as vezes ele só ache massa, ele não e gay ou algo assim"... ingênuo eu! Pois em uma quinta feira rotineira eu cheguei em casa mais cedo do trabalho e confesso que estava até ansioso para contar a Marcos sobre uma promoção que havia recebido... Entrei no apartamento e estranhei o silêncio. A porta do meu quarto estava entreaberta, e ao me aproximar, ouvi um ruído estranho. Me aproximei devagar sem fazer barulho e na hora meu coração acelerou quando percebi que Marcos estava lá dentro.

Com cuidado, eu espreitei pela fresta da porta. E mano... A cena que vi me deixou paralisado: Marcos estava sentado na minha cama, completamente pelado, com uma toalha jogada no chão, batendo uma saudosa punheta, segurando uma de minhas meias que costumo usar na academia, e que da qual costumo deixar guardadas no cesto fechado dentro do quarto até eu resolver lavar pra que não fique com a área de serviço toda cheirando a meu chulé.

A expressão dele era uma expressão de puro êxtase. Ele cheirava a minha meia com tanto fervor que parecia estar em transe. Nunca havíamos nos visto pelado mesmo, no máximo volume em calção ou sem camisa e agora eu estava vendo meu amigo como veio ao mundo sentado na minha cama ainda. Foi inegável não reparar na pica dele. Ele tinha costume de depilar todo o peito, mas no pau, era um puta de um pau reto e grande, qcabeçudo, grosso, com um saco pesado que pulava nas batidas dele e cheio de pentelho! Pentelho esses que desciam pra perna, pé, e também escureciam seu rego.

O moleque tava se acabando no meu chulé. Uma hora ele se deitou mais na cama, levantou as pernas pra cima e exibiu aquele rabo peludo, com o cu apertado e piscando a cada fungada que ele dava na minha meia, a sola daquele pezão no rumo da minha visão... com aqueles dedos compridos dele... o cacete grande batendo na barriga.... Poha! Quando olhei pra baixo vi que meu pau estava igual rocha na calça e minha primeira reação foi de choque! Eu fiquei com tesão????

Não sabia se deveria entrar e confrontá-lo ou me esconder e fingir que não tinha visto nada. O medo de estragar a amizade e a curiosidade sobre o que realmente estava acontecendo me fizeram optar pela segunda opção. Recuei silenciosamente, e fui para o hall de entrada da casa, tentando processar o que acabara de presenciar e acalmar o cacete, até que levantei e fiz um barulho como se estivesse chegando em casa.

Escutei uma porta se fechando e presumi que era marcos saindo do meu quarto e entrando no dele. E quando despontei no corredor da sala que dava pra ver os quartos ele abriu a porta do dele. E com um sorriso no rosto e a mesma naturalidade de sempre me recebeu.

Eu fingi que não sabia de nada, mas aquela imagem ficara gravada em minha mente. Era inegável agora que ele tinha uma fantasia com meu pé e meu chulé, algo que eu nunca tinha imaginado.

Nos dias seguintes, comecei a observar Marcos com mais atenção. Eu tinha a possibilidade de deixar isso tudo de lado e fingir que nada aconteceu mesmo... e que foi só um caso isolado! Mas as piadinhas sobre pés e chulé continuavam, e isso ainda mantinham meu foco na situação. Porém agora eu via tudo sob uma nova perspectiva. A curiosidade e o desconforto coexistiam dentro de mim, criando uma confusão de sentimentos que eu não sabia como lidar.

Em um sábado, estávamos todos juntos - eu, Marcos e nossas namoradas - jogando conversa fora na sala. Em um momento de distração dele, digo isso pois ele nunca fazia piadinhas assim quando as mulheres estavam perto, e sim quando eram apenas nos dois. Marcos fez uma brincadeira sobre chulé e, sem pensar, estiquei o pé em direção a ele, desafiando-o a cheirar. Ele riu desconcertado, mas o brilho em seus olhos revelava algo mais profundo.

— Sai fora Rodrigão, já não basta ter que sentir esse chulé o dia inteiro aqui em casa hahaha...

— Ué pensei que tu estivesse até acostumado... quem sabe até viciado no meu cheiro.

Provoquei. As meninas acham graça sem entender nada, pensando que eram apenas dois amigos zoeiros mas eu e ele ficamos nos olhando fixamente enquanto ele engolia em seco tentando manter a postura. Mas por mais que algo em mim quisesse confronta-lo, ele ainda era meu amigo eu não queria constrangê-lo assim... não queria falar perto da namorada dele algo como: já falou pra tua namorada Marcão, que tu bate uma sentindo o cheiro do chulé do teu amigo? ... até por que o que mais incomodava era o meu subconsciente que vinha com a outra pedrada do tipo "E vc rodrigão? Que viu teu amigo bater uma e ficou com tesao?"

 Poha... o que eu vou fazer agora? — Pensei.

Depois deste "tapinha de luva" do final de semana marcos deu uma fechada, sem piadinhas... sem brincadeiras... e eu não podia deixar de me perguntar o que que estava acontecendo. Mas ao mesmo tempo eu olhava pra mim também e tentando entender o que eu estava sentindo com tudo isso e convenhamos, não dava pra levar como se não fosse nada! "Ah meu amigo bateu uma cheirando minha meia" tranquilo! Oi??? Tinha algo aí... e o foda que eu queria saber mais! Afinal, a curiosidade é uma força poderosa, e eu estava apenas começando a entender a verdadeira profundidade desta amizade.

CONTINUA... 

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FOOT BROS

Porque a verdadeira força do homem… começa nos pés. 💪