
Eu me sentia vivendo em um loop... não acreditava estar passando por isto de novo! Não agora, não com ele...
Eu estava real muito feliz em ter conhecido Marcos, achei que seríamos uma dupla do caralho, mas cara aquela confissão "velada" sobre sua tara com pés e chulé tinha despertado algo em mim. Eu não conseguia parar de pensar nisso, e o foda foi que a curiosidade começou a tomar conta, o que me deixava ainda mais surpreso!
Será que ele tinha tara só no meu pé ou era no de geral? Será que ele sempre fazia isso com as minhas meias quando eu não estava em casa? Será que quando ele ia no meu quarto pedindo pra pegar as roupas sujas e falando que iria lavar, ele catava umas meias minhas pra poder bater uma? Será que era só com o pé o lance dele? Será que ele me queria?... tantas perguntas, e nenhuma sem respostas!
Por mais que uma parte de mim rejeitasse toda esta ideia é até me dava um pouco de repulsa, afinal, mano, já passei por algo parecido e também pelo role do pé... porque né... um pé mano? sei lá... Tinha a outra parte, talvez mais profunda e instintiva que se sentia intrigada, e até excitada, com a ideia do meu cheiro ser tão gostoso ou meu pé ser tão bonito que qualquer maluco ficaria doido! Enfim, lá no fundo eu tava meio que afim de ver mais disso e eu não conseguia saber o porque.
Então uma noite, depois que Marcos foi dormir, ainda mantendo certa distância de mim... me vi sentado no sofá, refletindo sobre isso tudo. Daí peguei o celular e comecei a pesquisar sobre esse tal fetiches por pés. Entrei em alguns sites, li artigos e até assisti a alguns vídeos pornô com a temática. A princípio, tudo parecia muito estranho e distante da minha realidade, mas quanto mais eu lia e via, mais aquilo começava a fazer até um certo "sentido". Aprendi que muitas pessoas compartilhavam dessa fantasia, e que havia diversas formas de expressá-la.

O que mais me chamou a atenção foram os vídeos de pessoas lambendo pés. Nunca tinha nem cogitado algo do tipo... ou que alguém pudesse fazer isso, e o fato de ninguém nunca ter feito isso comigo só aumentava minha curiosidade. Sera que Marcos tinha vontade era disso? Seria isso o que ele realmente queria? Será que seu interesse ia além do chulé e incluía o desejo de lamber meus pés?
Poha mano... tô enlouquecendo! Comecei até a olhar para mim mesmo de uma forma diferente, imaginando ele ali... olhando pros meus pés, meio que desejando.... E percebi que isso me dava até um certo tesão saka?! Ser desejado apenas por possuir uma parte do seu corpo que mexe com certos instintos. A sensação de poder e controle, combinada com a curiosidade sobre os limites desse fetiche, me instigava cada vez mais.
E foi daí que decidi que eu precisava explorar essa fantasia com alguém. Bom, esse "alguém" nada mais poderia ser que, claro, minha namorada né?! Ou o que você pensou? Que eu iria já botar meu pé na cara do marcos e falar: Lambe!? Muito cedo pra isso! Já disse, sou hétero! Se alguém vai meter a boca no meu pézão que seja uma mina! Inclusive vi ótimos vídeos assim, das mina literalmente enaltecendo o cara em forma de lambidas no corpo.
Enfim, com essa vontade decidida na minha cabeça resolvi botar em prática. Em uma noite tranquila em que eu estava na casa dela, era sábado, e os pais estavam foram... apenas a irmã caçula no quarto... eu já tinha costume de vir e ficar um tempo, então zero preocupações... estávamos assistíamos a um filme juntos na cama e eu estava apenas de short desses de futebol e ela com um pijama curtinho... foi quando em uma das cenas do filme o protagonista retirou os sapatos e na mesma hora eu me perguntei "Pô, será que tava com chulé?" Foi o gatilho em mim para que eu pudesse abordar o assunto de forma sutil com ela.
— Amor, o que você acha dos meus pés? — Perguntei, tentando parecer casual.
Ela olhou para mim, um pouco surpresa pela pergunta inusitada.
— Seus pés? Ah, eu acho eles bonitinhos. Por quê?
— Sei lá, só fiquei curioso. E o cheiro, você não acha ruim? — Perguntei, tentando sondar sua reação.
Ela fez uma careta e riu.
— Às vezes, depois de um dia longo, e voce vem pra cá sem tomar banho, seu chulé aparece, mas nada demais porque até porque tu entra pro banho rápido e deixa o sapato lá fora rs. Mas... por que essa pergunta, Rodrigo?
Tentei não parecer muito ansioso.
— É que... eu estava pensando se você já considerou... sei lá, lamber meus pés, talvez.
Ela riu novamente, agora com um tom de descrença.
— Lamber seus pés? Rodrigo, você tá brincando, né? Você e Marcos pelo visto brizaram muito naquele dia dos jogos, pois a namorada dele me confessou que ele já pediu para ela fazer a mesma coisa com ele. Estão tentando botar a gente de submissa é?
Eu forcei um sorriso, tentando manter o tom leve.
— O que? Marcos pediu isso? E ela fez?
— Rodrigo... claro que não né?!
— Haha cara... não, sério! Sei lá, amor... Eu só pensei que poderia ser algo diferente, sabe? Não pra te fazer submissa a mim! Apenas pra ver a sensação como é... Tipo como uma massagem no seu namorado hehe...
Ela balançou a cabeça, ainda rindo.
— Desculpa, amor, mas isso não é pra mim também não. E, sinceramente, seu chulé não é nada atrativo. Gosto de você assim, limpinho, cheiroso... mas uma massagenzinha eu faço depois tá bom? Mas só isso!
Ela me deu um beijo ainda rindo e se levantou dizendo que iria no banheiro me deixando ali totalmente sem graça e frustrado. Eu esperava uma reação diferente, talvez até uma curiosidade parecida com a minha, mas ela não estava nem um pouco interessada. A única coisa que ela confirmou foi que meus pés eram "bonitinhos", o que não ajudava em nada minha nova e crescente curiosidade.
Aquela noite foi um balde de água fria. Porém me ajudou a alimentar a vontade de saber ainda mais sobre como este interesse tem crescido também pra Marcos. Afinal, pelo visto, ele também estava afim de ter alguém lambendo seus pés... Será que ele pensou que eu faria isso? Porque assim... Não! Nem em um milhão de anos! Eu também não lamberia um pé. Muito nojento cara... Enfim, quer saber é melhor eu esquecer disso! Tá tudo indo longe de mais...
No dia seguinte, eu tive que ir à rua resolver algumas coisas e, como era um sábado quente, fui bem à vontade. Estava de chinelo Havaianas branco, uma bermuda e regata preta. Passando pelo centro, andei em frente a uma barraca de um homem bem estilo "paizão" — cabelos grisalhos, mas com um shape de dar inveja — vendendo algumas meias. Era bem estilo camelô, mas acabou chamando minha atenção.
— E aí, parceiro! Tá afim de umas meias boas? — ele perguntou, me olhando de cima a baixo. — Essas aqui são de tecido bom, ajudam na transpiração do pé. Tô com uma promoção ótima hoje!
Fiquei curioso e me aproximei da barraca. As meias pareciam de qualidade boa, e a ideia de algo que ajudasse com a transpiração dos pés realmente me interessava.
— Sabe que eu tô precisando mesmo de umas meias novas. As minhas já estão todas com chulé e ultimamente percebi que é melhor evitar ele! Chama atenção demais. — comentei, sem pensar muito, mas isso fez o vendedor rir bastante.
— Haha ah, rapaz, quem nunca teve uma meia com chulé, né? — ele respondeu, com um sorriso largo. — Faz parte da vida do homem. Às vezes, a gente chega cansado, tira o tênis e tem aquele cheirinho... é normal. Chulé de macho é sinal de trabalho duro. Prazer meu caro, João.
— Haha é verdade! Rodrigo man — Respondi, rindo.
João então pegou um par de meias e começou a explicar as qualidades do produto, mas a conversa continuou girando em torno do tema "chulé de macho". Ele parecia confortável falando sobre o assunto, e eu não pude deixar de notar uma certa análise dele para com meus pés.

— Cara, chulé é coisa de homem mesmo, não tem como fugir. — ele comentou. — Mas essas meias aqui, além de confortáveis, ajudam a manter o pé seco e reduzir o cheiro. Claro, tem que lavar bem o pé e tudo mais, mas elas ajudam. Porém é aquilo também né, se for da sua genética aí já é caso clínico haha. Eu mesmo se andar de chinelão assim igual você tá, meu pé dá um cheirão!
— Pô, pois é, saí de chinelo pela praticidade mas já me arrependi haha pé todo suado! — respondi, tirando meu pé do chinelo e erguendo-o para ver a sola.
A sola estava rosada e meio molhada de suor, mas ainda assim me fez surpreender de novo com a beleza do meu pé. O vendedor notou o movimento e olhou atentamente.
— Tá vendo, cara? Pé bonito desses, tem que cuidar bem. Essas meias aqui vão te ajudar nisso. — ele disse, ainda com um sorriso, mas com um olhar que me pareceu mais interessado.
— É, acho que vou levar umas dessas meias então. Ajuda a evitar o chulé, mas também me deixa confortável, né? — falei, tentando manter o tom casual.
— Com certeza, parceiro. — Disse uma outra voz porém mais jovem vindo de trás de João. — E ó, vou te falar, chulé é um negócio que faz parte da vida. Quem nunca chegou em casa depois de um dia longo, tirou o tênis e sentiu aquele cheiro forte, não é homem de verdade. Né pai?!
Disse um moleque que parecia ter entre 17,18 anos, magro, moreno, alto e com pinta daqueles jogador de futebol da quebrada, sempre num tom dom de "tirar onda"... vestindo uma regata, short de jogar bola, que claro, sempre dava aquela marcada de leve e um chinelo preto, preenchido por um pezão bronzeado de dedos cumpridos.
— Esse aqui é meu filhão, Gustavo. Esse entende do assunto de pé... já que vive jogando bola haha.
— Eae mlk beleza? Haha tu falou certo hein. Às vezes, o cheiro do pezão é tão forte que dá até vergonha. Mas, no fundo, é um orgulho, né? — respondi, entrando no clima.
Ele riu e assentiu, olhando para meus pés junto com seu pai.
— É isso aí, cara. Mas essas meias vão te ajudar bastante. Vai por mim. — ele disse, também retirando um dos pés do chinelo para olhar para a sola de seu pé, e esticou ela me mostrando. — Também vivo com o pé suado, então pode confiar hehe.
Foi inevitável não olhar para aquela lapa de sola de pé na minha frente. A sola estava corada, e aqueles dedos faziam um desenho bem bonito e simétricos. Para um moleque magrelao daquele, ele tinha um pezão de macho do caralho... Gustavo riu ao ver que eu estava observando seus pés com curiosidade e comentou:
— E aí, qual é, mano? Tá conferindo o pézão aqui? — Ele disse, brincalhão, mas sem perder a simpatia. — Acha que bate com o seu?
Eu ri da brincadeira, mas me peguei pensando se realmente teria um pé maior que o dele. Então, resolvi entrar na brincadeira e mostrei meu pé, esticando-o ao lado do dele.
— Vamos ver então, parceiro! Vamos ver qual lancha leva essa disputa! — brinquei, colocando meu pé ao lado do dele.
João, olhou com um sorriso divertido, claramente gostando da interação.
— Rapaz, eu nunca vi duas pessoas tão interessadas em comparar pés! — Ele riu. — Mas devo dizer, ambos têm pés bonitos, mas do meu garoto aqui eu já sei que final do dia o chulezão tá brabo, e o seu Rodrigão?
— Pô meu pé não é de jogador, mas sempre que posso bato uma bolinha sim, mas sou dentista Zé, então dia todo de sapato fechado pensa...
— É, agora entendi porque tu precisa de uma meia boa mesmo hehe.
O clima era leve e divertido, mas havia uma curiosidade genuína de ambos os lados. Gustavo olhava para os meus pés como se estivesse analisando cada detalhe, e eu fazia o mesmo com os dele. Havia uma espécie de camaradagem no ar, mas também um misto de competição e instinto.
— É moleque teu pé tem um quê de resistência de jogador. Aguenta bem, né?
— Ah, com certeza, mano! — Ele respondeu, rindo. — Esses pés aqui já viram muita partida de futebol, muita correria. Mas vou te dizer, acho que seu pé tá mais bem cuidado, hein? Tem futuro de modelo de pé!
— Nos dois pow, íamos fazer sucesso!
— Tive de onde puxar haha foda que hoje meu coroa meteu um tênis, se não ia desbancar nós tudo! Hehe né não pai.
— Hahah calma moleque! Não desbanca é meus clientes não.
Falou João rindo enquanto ainda continuava nos assistindo, divertindo-se com a conversa. Eu não posso negar que depois dessa havia ficado bem curioso pra ver o pezão do vendedor de meia, mas também tive que admitir que isto tudo estava estranho de mais já. Mais um pouco a gente botaria o pé na cara do outro e ia comparar o cheiro também.
Então depois de um tempinho conversando sobre futebol, cuidados com os pés e até algumas risadas sobre os desafios de manter um pé sem chulé, acabei comprando logo algumas para poder ir embora quando João resolveu falar:
— Aliás, você falou que era dentista, né? — Ele perguntou, com um olhar mais atento.
— Isso, sim. Trabalho como dentista. Por quê? — respondi, curioso.
— Ah, que legal! A gente tava mesmo precisando de um dentista. O Gustavo aqui tá com uns problemas no dente e a gente ainda não achou um bom lugar pra ele fazer umas consultas. Talvez você pudesse dar uma olhada?
Gustavo assentiu, parecendo interessado na ideia.
— É verdade, tô precisando dar um jeito nesse sorriso aqui. Se tiver como você me atender, seria ótimo! — disse ele, sorrindo de um jeito que destacava os dentes.
— Claro, seria um prazer receber vocês no consultório. Podemos marcar uma consulta em breve, se quiserem. — ofereci.
Trocamos contatos e combinamos de nos encontrar no consultório. A situação toda era um pouco inusitada, mas ao mesmo tempo divertida. Quem diria que uma ida ao centro para comprar meias acabaria assim? Mas era isso que eu mais gostava na vida: as surpresas e as conexões inesperadas que surgiam do nada. E agora, parecia que tinha ganhado dois novos amigos. O vendedor de meias bonitão e teu filho jogador pezudo. Haha vey um sorriso lhe abre portas, mas pelo visto o pé que te faz fazer novos amigos. Que doideira.
Durante o resto da semana tentei focar minha mente no trabalho para ver se esquicia um pouco de tudo isso que vinha acontecendo comigo recentemente. Minha mente estava um turbilhão de pensamentos e sensações novas. Desde que comecei a explorar essa curiosidade sobre fetiches com pés, parecia que meu foco mudara completamente. Não conseguia mais deixar de notar os pés das pessoas ao meu redor. Era algo automático, quase obsessivo e quando eu penso que estaria seguro no trabalho, as coisas não foram diferentes.
Um dia, enquanto atendia uma paciente, ela entrou acompanhada do noivo. Ele era um rapaz de boa aparência, corpo malhado e forte como o meu, pele branca, usando óculos que lhe davam um ar de CDF. Parecia ter a mesma idade que eu, por volta dos 27 ou 28 anos. Sua noiva era igualmente atraente, alguém que eu certamente pegaria se fosse solteiro. No entanto, meus olhos não conseguiam se desviar dele.
Enquanto eu trabalhava nos dentes dela, ele estava sentado de frente, mexendo no celular. Suas pernas cruzadas, e ele calçava chinelos de couro. Ele estava de shorts, o que me permitia ver suas pernas peludas e bem definidas. Seus pés, que deviam calçar um tamanho 42/43, eram grandes e bonitos. Tinha alguns pelos nos dedos, mas as unhas estavam cortadas e bem cuidadas, e seus dedos eram simétricos e longos.
Minha mente começou a vagar. Será que esses chinelos de couro faziam seus pés suarem e produziam um chulé forte? Será que ele gostava do cheiro dos próprios pés? Ele conferia o cheiro ao final do dia, como eu e Marcos fazíamos? Ou será que ele tinha noção de que seus pés poderiam chamar a atenção de alguém, como Marcos, ou agora, de mim??? Poha...
Decidi puxar conversa com ele de forma amistosa, para fazê-lo ficar à vontade. Descobri que seu nome era Leandro e que ele era policial. Enquanto minha assistente fazia todo o trabalho na noiva, eu praticamente deixei de lado meu papel de dentista e me concentrei em Leandro. Ele parecia confortável com minha camaradagem, mexendo seus pés de forma espontânea, retirando-os dos chinelos e cruzando as pernas. Cada movimento dele era acompanhado por mim, e eu estranhamente me via imaginando o cheiro daqueles pés e até mesmo se seria interessante lambê-los.
— E aí, Leandro, você curte futebol? — Perguntei, tentando parecer casual.
— Pô, Rodrigo, curto sim. Jogo uma pelada de vez em quando. E você?
— Também, cara. Tem uma pelada perto de casa, quem sabe você não aparece qualquer dia desses? Vou te mandar uma mensagem. — Disse, arranjando uma desculpa para pegar o número dele.
— Claro, seria massa! Vamos combinar.
Peguei o número de Leandro, e assim que ele e a noiva saíram do consultório, me vi sozinho, refletindo sobre meu comportamento. Eu não entendia por que tinha agido daquela maneira. Por que tinha reparado tanto nos pés de Leandro, mesmo com uma mulher linda na minha frente?

Minha mente estava confusa, dividida entre a curiosidade e o desejo, e eu tinha feito a mesma coisa com o vendedor de meia na rua... tudo isso de desejo bom, misturado com um toque de culpa e confusão sobre minha própria identidade. Será que estava indo longe demais? Ou talvez estava apenas começando a descobrir algo novo sobre mim mesmo? Não sabia ao certo, mas a única coisa que eu tinha certeza era que precisava entender mais sobre esses sentimentos e desejos.
Essas reflexões me levaram de volta a Marcos. Eu precisava conversar com ele, entender melhor essa parada toda que ele colocou na minha cabeça. Talvez, se pá, até explorar essa nova faceta com alguém que compartilhava das mesmas fantasias, para que assim eu encontrasse respostas para minhas próprias dúvidas.
CONTINUA...
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